sábado, 14 de junho de 2008



Machismo não é só característica dos homens, embora sejam deles que o termo se origina, ele esta enraizado dentro de uma cultura e da alma feminina, muito mais do que se imagina. É algo além de sexismos perante outra mulher, subjulgada com termos pejorativos,é um padrão inconsciente, que vem desde a nossa infância, desde os primórdios da humanidade. Criando com isso, desconfortos, ilusões, e muitas doenças, diagnosticadas como síndromes, entre elas, a Da Boa Moça, o Complexo de Cinderela e até porque não o de Polyanna, entre muitos outros. Tudo corelacionado a uma sociedade patriarcal a que somos submetidos. Não é raro ouvir discriminações taxativas a uma mulher quando está, se relaciona com outros homens, de uma forma hedonista, puramente por uma satisfação de seus desejos íntimos, sem precisar bancar a púdica , e encarnar o mártir do abandono, da desilusão, do amor romântico. Percebe-se que tudo que advém do modo como foram feitas as regras pela igreja católica, ainda influencia nosso comportamento nos dias atuais. Desde a mulher que esperava seu homem na guerra, até os casamentos arranjados, ou ainda a forma de submissão da mulher das cavernas.
Que a figura masculina, biologicamente é mais forte que a feminina, isso realmente é certo se afirmar, mas força nada tem a ver com poder, pois se na cadeia genealógica animal, quem sobrevive è o mais forte, nós seres humanos, temos o atributo de podermos usar a inteligência como fonte maior de vida e principalmente autoconhecimento. Pessoas que ultrapassaram certos tabus na sociedade, foram reconhecidas tardiamente, como revolucionárias, e estas que são admiradas hoje, pela ousadia, discernimento, e coragem, pois sem elas, nada teríamos progredido socialmente. Mulheres como Simone de Beauvoir, Brigitte Bardot, Leila Diniz, Beth Friedman e muitas outras. Por isso, o ousar, sempre seguido de conhecimento, vem agregado a mudança, a uma compaixão pelos menos favorecidos, pela diferença. Os seres humanos sempre tiveram que lidar com o incomum, e sempre houve dificuldade com isso, mas essa tolerância que faz a democracia. Por isso, não sou a favor também de nenhum radicalismo, mesmo que através dele, veio alguma mudança positiva. Esse sistema de fato, só conseguiu se moldar sem conflitos, com soluções, porque houve o equilíbrio,que pode vir tanto de uma guerra vencida, moralmente ou fisicamente, não pelo certo ou errado, e sim pela aceitação. E aceitar, nada tem a ver com submissão, pois esta vem do aprisionamento, da limitação que não questiona, esse aceitar, vem justamente da revolta, da oposição ao que é regra, o que foi imposto, pela ação modificadora do que foi estabelecido, através desse "acordo". Agora nos resta saber, se os fatos passados, sempre vão deixar marcas em uma sociedade, ou se em algum futuro próximo ou longíquo, as feridas irão se cicatrizarem, embora uma cicatriz, sempre será uma cicatriz. Mas até que ponto isso irá ser benéfico ou não para nós? Pois a individualidade entre o querer aceitar e o deve aceitar, são armadilhas opostas, mas semelhantes, que confundem psicologicamente o próprio indivíduo, sobre seus desejos e vontades. O que realmente importa então, é a mudança generalizada, que advém dos excessos, dos absurdos, e da perda de identidade das mulheres. As particularidades, e junção de "ismos", sem agredir a moral, o crescimento e a integridade de um ser humano, são bobagens, pois o "resto" é questão de gosto.

(Renata Carlomagno)

sábado, 10 de maio de 2008

Sensacionalismo televisivo.

Diante de tantas notícias que com certeza, chocaram todo o mundo, como o caso Isabela, ou o do austríaco que trancou sua filha num porão por 24 anos, resolvi fazer deste, a próxima discussão a ser comentada por aqui.Mas não em casos específicos como esses citados, e sim em um panorama geral.



O sensacionalismo televisivo que deu inicio na era Collor, como uma forma de trazer a realidade do mundo pra dentro de nossas casas, invade nossos almoços, trazendo o narcotráfico,os bandidos, e os ladrões de galinha quase na porta de nossa sala, que de tão conhecidos, já se tornaram presente em nosso cotidiano, não nos chocam mais.Porém, quando acontece uma coisa fora dos padrões, que já estamos cansados de ver, o sensacionalismo entra,fazendo da tragédia um palco de show. Falta só vender pipoca na entrada da delegacia, ou na porta do cemitério.Claro que, casos como o da Isabella ou do austríaco, são fora do comum, ainda bem, mas fizeram tantos rodeios em cima que eu consegui sentir ate pena dos assassinos, porque meu lado humano, viu um semelhante ser escorraçado,mas sem deixar meu lado ético cair por terra, com certeza, todos nós, não víamos a hora, do espetáculo terminar,e os vilões serem presos. Mas a minha indignação, vai contra o que não esta em nosso alcance,ficamos como voyeurs, de uma sociedade que busca justiça sentada no sofá da sala. E minha pergunta è, pra que isso? Se a polícia vai resolver tudo sozinha, com a ajuda das testemunhas, juízes, pericias, pra que nos envolverem em tamanha barbárie, onde não podemos fazer absolutamente nada?Apenas pra nosso almoço não ser muito bem digerido, e a gente sofrer calado ou aos berros na porta de uma delegacia? Porque não passa nos telejornais, a fome na África, a miséria de crianças abandonadas, a outra realidade mais crua,onde pelo menos podemos ter o direito de fazer alguma coisa, pra ajudar, pra melhorar.Porque esse outro continente onde se fala também a nossa língua, é tão isolado de nós e de todo o mundo? Ou a dura realidade do nordestino, que a tantas décadas, sofre não só o preconceito, mas a incompreendida linha cultural, e caducada, da seca, das doenças, da falta de infra estrutura. Se a mídia que é tão influente na formação de um cidadão, e nas opiniões da massa populacional,investisse tanto foco em problemas solucionáveis, e também chocantes como os casos que acabei de citar,deixaríamos apenas de ser um mero espectador de notícias, pra agir em prol do bem ao próximo. Com certeza, o gosto da pipoca, seria bem menos salgado.

(Renata Carlomagno)

domingo, 4 de maio de 2008


Olá finalmente retornei ao blog. Hoje vou postar sobre um tema bem abrangente, que dá margens pra muitas discussões e debates, já que é um assunto que interessa desde os iniciantes até os mais experientes. Relacionamento aberto, como o nome já diz, é um tipo de relação que tem como principal exigência a "liberdade", ao invés do "aprisionamento" convidativo de uma vida a dois. Escrevi de uma forma mais histórica, cultural, e também particular,mas pouco critica, pois a finalidade é mostrar várias faces da questão, e não a conclusão explicita. Já que é um assunto um tanto quanto democrático, e visionário, pois depende mais do ponto de vista, do que de fatos concretos. Então fiquem a vontade para opinar, sobre o texto e sobre o tema abordado. =)


Relacionamento Aberto?

Relacionamentos, sempre foi um tema muito discutido, entre nós seres humanos, de preferência, quando se trata do laço amoroso, entre os casais.
E também é muito polemizado, já que depois da Ditadura, a liberdade de expressão ganhou um patamar a mais de coerência.
Apesar que ainda existem controvérsias a respeito de como encarar uma união conjugal.
Antigamente, casava-se por dote, ou outro motivo qualquer, e a escolha era feita pelo pai, pois o domínio da cultura era extremamente patriarcal.
Com certeza, naquela época, o amor já existia, e ia além de riqueza, boa família, ou convivência, mas tudo ficava por debaixo dos panos, ou o desejo era reprimido e a figura feminina acabava se contentando, e em muitos casos, tendo afeto pelo seu marido.
A vida era cheia de limites, o pudor ia além de nossa imaginação. O namoro era realmente uma coisa “pura”, mas não pelo fato da pureza, da verdade, e sim do conservadorismo, que faziam as coisas caminharem mais devagar. Até porque a oferta também era escassa. E quando existia, era logo classificada como imoral, pra não dizer palavras esdrúxulas.
Isso se tratando de alguns países, porque se nos aprofundarmos nas questões culturais, veremos que o conceito de certo e errado, vão além de meras reputações. Como na Turquia, por exemplo, onde um homem podia se casar com mais de uma mulher, hoje isso só é possível, através da cerimonia religiosa, em uma mesquita.
É evidente, no entanto, que a poligamia e a monogamia, são discutíveis sim, afinal, se a religião e a política de um país influenciam nesse aspecto, então não é algo palpável de escolha apenas.
Mas discutindo isso em um país como o nosso, e na América Latina como um todo, onde a lei não é tão rigorosa, e embora, o cristianismo seja ainda predominante, existe a hegemonia, de optar por vários outros caminhos.
Em pleno século XXI, nos deparamos com uma revolução sexual, embora ainda existam muitos tabus a serem derrubados, as diferenças são mais bem quistas pela sociedade, a homossexualidade, por exemplo, que sempre existiu, fato que comprova os grandes imperadores, e reis do passado, tendo casos com soldados, aliados enfim, hoje já não é vista como algo pecaminoso, embora, ainda seja discutida a questão da preferência, se de fato é algo que possa ser escolhida ou não, na minha opinião não, podemos ver por ai, passeatas, e até o dia nacional do orgulho gay que já virou data comemorativa no nosso calendário. Isso é só uma prova do quanto evoluímos mentalmente, socialmente, e psicologicamente.
Mas, quando se trata de algo, que ainda è novo pra sociedade, algo que nos remete a pensarmos em todo um padrão cultural, que nos foi imposto desde pequenos, ai fica mais complicado de digerir. Fica como se fosse algo distante de nosso mundo.
E não sabemos bem, até que ponto isso é benéfico ou não pra nós.
Hoje em dia, com tantas informações, com a globalização, com o avanço tecnológico, com a rapidez de coisas que vemos, falamos, e ouvimos, sem ter espaço pra armazenar tudo ao mesmo tempo. Vem também o desconforto da solidão, pois o que antes era contato, escassez, e lentidão, hoje virou distanciamento, abundância, e velocidade. Dessa forma, temos demais pra escolher, não sabemos bem o que queremos, e o especial, ficou guardado em uma utopia longínqua. Ficou virtual.
Foi então que, pra não perder esse desejo ilimitado, de ter se muito, em pouco tempo, que surgiu o relacionamento aberto.
Onde você pode amar uma pessoa, mas suprir seus desejos atrativos desde que dentro de um limite estabelecido pelo casal, ambos estejam de acordo, assim não haverá traição.
Eu como não sou extremista, não gosto de radicalismos, apenas tento entender, como uma outra visão das coisas, um outro modo de pensar e de agir, apesar de que ainda me parece muito subversiva essa forma de amar.
Seria imaturidade, pra não encarar a realidade dos fatos, o medo de se relacionar, talvez por frustrações passadas, por não acreditar na fidelidade?
Mas também, o que seria de fato fidelidade? Um romance morno, onde as coisas continuam por debaixo dos panos como antigamente?
Realmente, o ser humano é mais complexo do que se imagina, visto que em uma mesma cultura, existem tantas diversidades de pensamentos.
Acho que a cumplicidade e a felicidade de ambos, è o que mais importa, se os dois estão plenamente satisfeitos, independente da relação que se tem, então não há regras ou convenções, que denominam como eles deveriam agir.
Apenas acho que relacionamento aberto, perde um pouco da magia, do acreditar, visto que, nem se da à chance de tentar criar um vinculo a dois, tudo se baseia no exterior. Claro que de uma forma generalizada, porque nem todo começo é igual, cada pessoa vive uma história em particular.
Apesar, de haver tantas controvérsias a respeito, e muitos livros onde se intitula que ninguém pertence a ninguém, que tudo é passageiro e que as pessoas não são propriedades, eu prefiro ir contra os clichés e estereótipos. Acho que a liberdade é necessária, protegendo o individualismo que cada pessoa merece ter, e isso é possível em qualquer tipo de relacionamento, onde exista muito diàlogo, amizade, paciência, e uma quantidade necessária, e não competitiva, de orgulho, visto que lidar com outro ser humano não é fácil, é um espelho pra si mesmo, e os defeitos são o enriquecimento que nos dá mais experiência. E essa experiência, tem que despertar o que há de melhor no outro, e não o contrário.
Mas não é difícil, dentro de um relacionamento aberto, acontecer a “confusão” dessa liberdade com promiscuidade, e acabar por banalizar algo, que poderia ser uma “indústria” promissora, visto que muitos casamentos já se tornaram falidos.
Eles pecam pelo excesso.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

I´m back!

Olà. estou de volta.
Ando sem muita disposição pra escrever textos, poemas, mas logo , logo, esse sedentarismo bloguistico rs irá findar e ai, voltarei com o pique todo rs!
Hoje apenas vim aqui pra avisar como funcionará esse blog.
Há muitos anos que eu além de poemas, escrevo sobre assuntos do cotidiano, do mundo em geral, através de uma visão critica de minha parte, e um pouco romanceada , ás vezes, também, como boa poetisa que sou rs.
E como ja existe outro blog meu, que por sinal, também está meio parado, onde eu posto meus poemas, apesar da confusão dos títulos rs,esse se chama Amor, Prosa e bossa, e o outro Viva a cultura, como aquele ja é antigo, fica mais fácil, esse blog, virar mais um desabafo crítico, sobre assuntos diversos, e aquele continuar a ser meu cantinho onde despejo meus sentimentos mais íntimos rs.
Espero que vocês gostem, e me ajudem a construir um blog legal, com temas interessantes, pra serem debatidos por aqui. =)
Beijos e até breve!