sábado, 10 de maio de 2008

Sensacionalismo televisivo.

Diante de tantas notícias que com certeza, chocaram todo o mundo, como o caso Isabela, ou o do austríaco que trancou sua filha num porão por 24 anos, resolvi fazer deste, a próxima discussão a ser comentada por aqui.Mas não em casos específicos como esses citados, e sim em um panorama geral.



O sensacionalismo televisivo que deu inicio na era Collor, como uma forma de trazer a realidade do mundo pra dentro de nossas casas, invade nossos almoços, trazendo o narcotráfico,os bandidos, e os ladrões de galinha quase na porta de nossa sala, que de tão conhecidos, já se tornaram presente em nosso cotidiano, não nos chocam mais.Porém, quando acontece uma coisa fora dos padrões, que já estamos cansados de ver, o sensacionalismo entra,fazendo da tragédia um palco de show. Falta só vender pipoca na entrada da delegacia, ou na porta do cemitério.Claro que, casos como o da Isabella ou do austríaco, são fora do comum, ainda bem, mas fizeram tantos rodeios em cima que eu consegui sentir ate pena dos assassinos, porque meu lado humano, viu um semelhante ser escorraçado,mas sem deixar meu lado ético cair por terra, com certeza, todos nós, não víamos a hora, do espetáculo terminar,e os vilões serem presos. Mas a minha indignação, vai contra o que não esta em nosso alcance,ficamos como voyeurs, de uma sociedade que busca justiça sentada no sofá da sala. E minha pergunta è, pra que isso? Se a polícia vai resolver tudo sozinha, com a ajuda das testemunhas, juízes, pericias, pra que nos envolverem em tamanha barbárie, onde não podemos fazer absolutamente nada?Apenas pra nosso almoço não ser muito bem digerido, e a gente sofrer calado ou aos berros na porta de uma delegacia? Porque não passa nos telejornais, a fome na África, a miséria de crianças abandonadas, a outra realidade mais crua,onde pelo menos podemos ter o direito de fazer alguma coisa, pra ajudar, pra melhorar.Porque esse outro continente onde se fala também a nossa língua, é tão isolado de nós e de todo o mundo? Ou a dura realidade do nordestino, que a tantas décadas, sofre não só o preconceito, mas a incompreendida linha cultural, e caducada, da seca, das doenças, da falta de infra estrutura. Se a mídia que é tão influente na formação de um cidadão, e nas opiniões da massa populacional,investisse tanto foco em problemas solucionáveis, e também chocantes como os casos que acabei de citar,deixaríamos apenas de ser um mero espectador de notícias, pra agir em prol do bem ao próximo. Com certeza, o gosto da pipoca, seria bem menos salgado.

(Renata Carlomagno)

3 comentários:

Edson Marques disse...

Renata,

parabéns pelo blog!

Dia 15/04 eu também escrevi sobre o caso Isabella. Se puder, leia: http://mude.weblogger.com.br


Abraços, flores, estrelas..

Edson Marques disse...

Vim te reler, nos dois sentidos.

Abraços, flores, estrelas..

R. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.